terça-feira, 24 de maio de 2011

Coluna: Ponto de vista!

Somos Provincianos!

O fato que me foi relatado essa semana me levou a ficar, de antena ligada e pesquisar o assunto ao qual iria me referir nessa edição da coluna.

È natural que nas cidades do interior, as pessoas que ali residem sejam um pouco Provincianas, um pouco bairristas, mas elas devem ser assim em tudo, não só naquilo que incomoda os seus bolsos, pois ai fica parecendo que é só proteção econômica.

Quando fiquei sabendo que certa farmácia instalada na Rua Amazonas, teve seu estacionamento, que fica dentro de seu terreno particular, bloqueado pela prefeitura, que na obra retirou a guia rebaixada da porta da mesma, fiquei encafifado.



Será que não pode mais ter guia rebaixada na Nova Rua Amazonas?

Bom alguém me disse que era por ser muito próximo a uma esquina, e que a entrada e a saída de carros iriam atrapalhar o fluxo da rua.

Pois Bem então me digam, a guia rebaixada na frente de certo Supermercado, na esquina da Rua Amazonas com uma de suas transversais, não vai atrapalhar da mesma maneira?


A entrada e saída, em guia rebaixada, em certo estacionamento no meio do mesmo quarteirão onde se localiza o dito Supermercado, também não vai atrapalhar?


Rua Amazonas a baixo tem outra entrada de carro em guia rebaixada, que leva a imóveis nos fundos de um comércio, isso também não vai incomodar?


Olha do meu “ponto de vista” se o Projeto da Nova Rua Amazonas era pra fazer um corredor de transito expresso, então erraram feio aumentando a largura das calçadas, o que dificulta a fluência do transito.

É óbvio que não! Conhecendo o projeto e o urbanista que o fez a intenção era a de inibir o transito de locomoção na Rua Amazonas, transformando-a em um centro de compras e destino de quem quer comprar, e não uma via de acesso a zona norte da cidade.


Fiquei mais curioso e escandalizado ainda ao saber que foi feito um acordo com a Farmácia em questão, com a alegação de que as outras farmácias da cidade não tinham um estacionamento dentro de sua área particular, e que por isso a rede de Farmácias em questão também não poderia ter em sua loja de Votuporanga.

Ai fiquei mais indignado ainda, ora daqui a pouco vão querer que a gente goste do que não gosta, só porque os outros gostam.

Ora, ai não tem capacidade, feeling, e inteligência que possa se sobre sair.
Até onde sei no Brasil, e Votuporanga fica no Brasil, é um País capitalista, e o que faz com que o País cresça é justamente a concorrência, se não fosse ela teríamos que consumir os produtos nos preços que seus fabricantes quisessem, já que eles seriam os únicos fabricantes, isso nem Comunismo é, isso é CRIME de Monopólio.

Uma empresa não poder concorrer no mercado fazendo melhor que os outros? 

Isso é um absurdo!

No caso da farmácia em questão me parece que, estamos simplesmente sendo Provincianos, por motivações econômicas.

É sabido que há na cidade, organização que representa os estabelecimentos que atuam na área dessa empresa em questão, e, diga-se de passagem, a Empresa em questão é uma rede nacional de farmácias, e muito poderosa economicamente e talvez politicamente.

Fato que depõe contra nossa cidade, pois não é o primeiro “perrengue” que se cria contra o estabelecimento em questão, ela já foi proibida de trabalhar “Aberto 24 horas”, que é como trabalham todas as lojas de sua rede.

Fico imaginando o Presidente da rede no seu circulo de amizade, ou em uma reunião da Fecomercio, e algum outro empresário lhe pergunta, “E ai como ta a sua rede”?

 E ele responde, “Bem, vamos bem não fosse por uma cidadezinha do interior de São Paulo, Votuporanga, já ouviu falar?"

"Lá não se pode trabalhar como se precisa."

Se esse empresário receber um convite pra se instalar aqui provavelmente vai pensar muito, e fatalmente não virá!

Mas enfim, já que vamos ser Provincianos vamos parar de aceitar outras coisas que aparecem em Votuporanga e que a cidade não tinha e não precisa delas.

Exemplo, carros particulares com sons altíssimos andando na cidade pelas madrugadas dos finais de semana, ora nossos carros já são barulhentos o suficiente não precisam de som alto para fazer barulho.

O som alto é um desrespeito para com a democracia e os direitos individuais constitucionais, não sou obrigado a ouvir o que os outros ouvem.

Fones de ouvidos são mais indicados para os jovens que queiram ficar surdos, com tamanho volume de som.
     
Eu poderia enumerar milhões de coisas, violência, gente que chega a nossa cidade, vindo sabe-se lá de onde, com dinheiro sabe-se de que origem, vendendo sabe-se lá o que!

Mas acho que Nós vamos ficar só na implicância com a rede de Farmácias mesmo, que muito provavelmente a Cidade vai perder pra Fernandópolis ou pra outra cidade menor, por que a gente é incompetente pra concorrer de igual pra igual com uma empresa nacional.

Nós ainda vamos continuar tentando fazer de Votuporanga uma, “Ilhas Cayman”, aonde só chega dinheiro de origem desconhecida para ser escondido, ou vamos fazer dessa cidade um lugar de oportunidades iguais para todos?

Espero que os amigos pensem nisso. “Quanto mais nos protegemos e nos isolamos do mundo, mais fracos ficamos como sociedade!”

Talvez esteja na hora da cidade e da região passar por um choque de realidade e aprender a lidar com a concorrência!

“E Que a Brisa Continue a Soprar Suave!”

                                                                       Flavio Do Val





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