domingo, 20 de março de 2011

Coluna: Ponto de vista!

Na Base do Problema!
Depois de Passar o carnaval falando de como foi, é, e será Votuporanga no Carnaval, vou mudar um pouco de assunto e falar sobre algo que precisa ser resolvido o mais breve possível, para que toda a região possa crescer.

Não tem como escapar do assunto, seja qual for à vocação econômica das cidades de nossa região.

Indústria, Comércio, Serviços ou Agropecuária, todas elas precisam ter bom escoamento para produção, não se faz progresso hoje, sem transporte, seja por terra água ou ar.

E em matéria de transporte, de São José do Rio Preto até as barrancas do rio Paraná, não se tem grandes exemplos de infra- estrutura, o melhor que se tem é a ferrovia, Aeroportos são poucos e parcos, nem hidrovia, só a Tietê/Paraná, que passa mais perto de Araçatuba do que do resto da região.

O que resta é a rodovia, e essa esta difícil, tirando a Washington Luiz, todo o resto é pista única, o que nos remete ao assunto principal nas rodas de discussões da região, a duplicação da Rodovia Euclides da Cunha.

Na marcha “Brasileira” para o oeste, a iniciativa privada sempre foi na frente e por muitas vezes cansou se de esperar o poder publico chegar com a Infra-estrutura necessária, na nossa região não é diferente, a região tem potenciais a serem explorados.


Mas não adianta trabalhar rápido nessa direção, pois o poder publico emperra na burocracia, no jogo político e em coisas piores que não deveriam atrapalhar o desenvolvimento do pais, mas que atrapalham, e isso ocorre em todos os níveis de poder.

A Duplicação dessa estrada que levaria o estado de São Paulo a ter uma ligação duplicada desde a barranca do rio Paraná próximo da divisa dos três estados, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, até o porto de santos, levando para o porto, mais carga, provindas desses estados alem de servir de ligação com o centro oeste do País, a obra por tanto não vai só privilegiar a região, mas o estado de São Paulo e todos os estados aos quais ela vai servir.

Mas então porque não sai essa duplicação?

Do meu Ponto de Vista, não sai, por problemas na base sócio/cultural brasileira, a gente ainda não saiu do Brasil colônia, muitas vezes tenho a nítida impressão que as pessoas fazem as coisas como um eterno colonizador extrativista, que vai ficar aqui só o tempo necessário para esgotar toda a riqueza dessa terra e vamos subir em nossos barcos e voltar para nossos países de origem, “fazendo a América” que nossos antepassados vieram “buscar”, mas que nunca existiu, o sonho da terra prometida, que virou a terra do nunca.


Nunca mais você vai voltar pra sua Pátria Mãe, essa é a realidade, foi isso que aconteceu com todos os povos que tiveram que imigrar, eram pobres, passavam necessidades, não tinham como continuar em sua terra natal.

E esse sentimento que nos foi incutido por nossos tataravôs, nossos bisavôs e avós, de que isso aqui não é pra sempre, que é pra ficar rico a qualquer custo, fazendo a América, e poder voltar para casa, rico e por cima, esse sentimento aculturado em nosso subconsciente está na base de todos os problemas do País.


E enquanto isso não for “reprogramado” em nosso subconsciente não teremos um País.


É isso que faz com que se tenha tanta dificuldade de se realizar grandes obras perenes, que deveriam ficar e servir a população como as pirâmides do Egito.


Pois nesta terra ainda vejo poucos Brasileiros, aqueles que trabalham para que seus netos, bisnetos e tataranetos ainda tenham uma Pátria, quando nascerem, esses são os verdadeiros Brasileiros que não querem tirar o sangue da terra e da Pátria, que não matam a galinha dos ovos de ouro.

É esse tipo de Cultura que faz com que as coisas sejam tão difíceis no País das maravilhas.


E faz com que uma Rodovia, de pouco mais de 100 km, que vai ajudar a interligar um país continental que é o Brasil, e que sem a duplicação está matando os filhos dessa terra, levando pessoas que poderiam ajudar a preparar o futuro desse País.

Seria mais fácil acusar esse ou aquele, mas a gente tem que assumir nossa parcela de culpa.

Se cada morador do País fizer uma análise sincera de consciência vai ver que a gente não tem para onde fugir, não há mais para onde voltar, estamos todos na nossa Pátria, se nós não a fizermos melhor, não teremos futuro, não teremos pra onde ir, nem nós, nem nossos filhos, nossos netos, nossos bisnetos e tataranetos, nossas famílias!
                                                                                      Flávio Do Val.

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