quinta-feira, 24 de março de 2011

Coluna: Ponto de vista!

Filé Acebolado no Centro.

Mais dia, menos dia, eu teria que falar de comida nessa coluna, já que sou um ótimo gourmet, e já que teria, vamos lá.

Vou falar de um assunto que povoa as comunidades da cidade no Orkut e em outros sites de relacionamentos.

O que comer em Votuporanga?

Bom, lanches a parte, não darei aqui os meus preferidos.

Mas falarei de coisas que me deixam intrigado, coisas que só se vê por aqui, como por exemplo, uma lei municipal que dizem existir aqui que proíbe a venda de cerveja nos carrinhos de lanches.

As explicações são as mais esdrúxulas possíveis. 
Vigilância sanitária, bom vigilância sanitária pra latinha de cerveja?
 Ora latinha de cerveja é um produto industrializado e não manipulável em lanches ok?
Está na mesma categoria da latinha de refrigerante, portanto...

A desculpa da vigilância sanitária não cola.

Ah é porque criança não pode beber bebida alcoólica! 
É essa é uma lei federal, que se sobrepõe a qualquer lei municipal.
 É proibida a venda, e ou o consumo de bebidas alcoólicas por crianças.
 Mas essa lei vale para qualquer local onde haja a venda e ou o consumo de bebida alcoólica, seja esse local em um carrinho de lanches na rua ou em um bar dentro de um convento carmelita, dá no mesmo é proibido em todo o território nacional, e até onde eu saiba Votuporanga fica no Brasil.
Portanto, a desculpa da venda proibida para menores, também não cola!
Isto é algo que realmente me intriga e ninguém até agora me contou a verdade do por que.

Outro fato inusitado que me ocorreu outra noite, também me deixou intrigado.

Fui a uma padaria da cidade, e fiquei surpreso quando descobri que não poderia comer minha porção de filé acebolado acompanhada de cerveja no balcão da padaria, só poderia tomar a cerveja fora da parte interna da padaria, ou seja, quase na rua, não acreditei no que ouvi, dei risada na cara do balconista, ao imaginar me escrevendo sobre isso, bom, mas como eu estava com fome resolvi trocar a cervejinha por um refrigerante muito famoso, e comi a porção, até que tava boa!

Mas ai eu voltei a me imaginar um turista em pleno Carnavotu ou carnaval do oba!.

Imagina a cara de um jovem de algum lugar maior e mais prospero que Votuporanga, passando o carnaval aqui, e ele chega pra comer algo na padaria e ouve que não poderá tomar a cerveja no balcão, ele vai se sentir em marte, isso não existe, só mesmo aqui!

 É como já disse em outra crônica da coluna; devemos evitar esquisitices se quisermos atrair mais turistas para Votuporanga.

Alem de não poder tomar cerveja no balcão, no cardápio tinham opções que na pratica não existem a disposição no estabelecimento, passei vontade!

E fiquei me indagando, o centro da cidade a noite não tem opção pra se jantar, ou você como pizza, ou lanche ou apela para uma padaria, e ainda assim não tem opção, pois é só o que tem nas padarias.

Se a “cachaçaria” não estiver aberta, se apertou.

Agora imagina um representante comercial, hospedado em um hotel no centro da cidade, vai jantar onde o coitado?  O negócio é pegar o carro e procurar nas avenidas da cidade.

O bom e velho a La carte, com seus filés a parmegiana, filé a cubana, file à brasileira, não existe na noite de Votuporanga, nem tão pouco a cozinha regional, que poderia ser uma ótima opção para o turista.

Mas não, a gente só tem o bom e velho lanche, nessa imitação que a gente faz do hambúrguer americano.

E quem não gostar pode pegar a estrada e ir comer em São José do Rio Preto.

É, temos que comer muito feijão com arroz, pra concorrer com todo o Brasil no mercado de turismo de evento, e mesmo assim com essa culinária ou ausência dela, vai ser difícil, nos falta o tal do know How, e se não investirmos pesado nisso não vamos a lugar algum.

Enquanto isso; vou esperando aparecer um lugarzinho no centro onde se possa jantar com dignidade e alegria.

Ai que saudade que dá do Marabá! Mas essa eu deixo pros colunistas da coluna túnel do tempo.
             
                                                                                                                          Flávio Do Val

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